A disfunção hormonal é uma fase de transtornos, pois os hormônios ‘equilibram muitos pratinhos’ no nosso organismo. 

Quando eles se alteram, podem surgir sintomas diversos e incômodos.

Saiba, logo mais, o que pode causar alterações hormonais e como preveni-las.

Quais as causas da disfunção hormonal?

A disfunção hormonal pode acontecer de duas formas: programada ou patológica. 

O desequilíbrio nos níveis dos hormônios surge de forma esperada — como na menopausa e na andropausa — como pode ocorrer devido a alguma doença desencadeada por maus hábitos, por exemplo.

Queda de cabelos e de pelos do corpo, oscilações no humor e estresse são exemplos de sinais de desequilíbrio hormonal. 

Se a desordem não for investigada e tratada, pode evoluir para doenças crônicas, como o hipertireoidismo, o hiperinsulinismo (excesso de insulina) e o hipercortisolismo (aumento do cortisol). 

Mas, fora os acontecimentos fisiológicos, como a gestação, o climatério e outras alterações hormonais que vêm com a idade, o que mais causa esse problema?

Alterações no sono

Noites mal dormidas costumam prejudicar a produção hormonal da somatotrofina (hormônio do crescimento) e do cortisol, que é o hormônio do estresse. 

Caso essas substâncias não sejam produzidas no mínimo necessário, o que ocorre ao dormir, a pessoa, você pode acordar cansado, sentir dificuldade de raciocinar e ter crises de ansiedade.

Sendo assim, tenha uma rotina de cuidados para ter uma noite de sono revigorante, como:

  • não se exercitar e nem tomar bebidas energéticas próximo a hora de dormir;
  • evitar usar o celular na cama;
  • deixar o ambiente o mais escuro possível para que a melatonina ajude no sono.

Estresse excessivo

Como já falamos por aqui, é normal termos cortisol circulando pelo corpo, assim como a adrenalina, que é outro hormônio do estresse. Eles ajudam o indivíduo a reagir bem a situações de perigo, com agilidade e atenção.

No entanto, nosso organismo foi feito para liberar os hormônios do estresse nesses momentos específicos de alerta. Quando eles agem frequentemente, além do inconveniente de se sentir estressado, outras queixas também podem vir, como ganho de peso, hipertensão, entre outros.

Existem formas simples de gerenciar melhor o estresse, como incluir uma atividade física na rotina, praticar meditação e buscar suporte emocional com a família e amigos.

Má alimentação

Alimentos industrializados, à base de farinha e com muito açúcar têm grande potencial de prejudicar os hormônios, principalmente os da tireóide. 

Já a soja, que contém glicídios cianogênios — substâncias que reduzem a captação do iodo pela glândula — pode até entrar no rol, porém apenas se for consumida de forma exagerada e a pessoa já apresentar alguma disfunção.

Dito isso, evite esses alimentos desreguladores dos hormônios e substitua-os pelos que ajudam a saúde hormonal, como os que são ricos em vitaminas e minerais. 

Obesidade

Muito se fala em obesidade de causa hormonal, mas o contrário também é verdadeiro. 

Os adipócitos não só armazenam gordura, como também têm função endócrina. 

Por isso, quem tem obesidade, normalmente, desenvolve resistência à insulina, redução nos níveis de progesterona, nas mulheres, etc.

Produtos artificiais do dia a dia

Produtos que fazem parte da nossa rotina, como esmaltes, pesticidas e alguns plásticos podem também gerar um desequilíbrio nos nossos hormônios. 

Os tais desreguladores endócrinos — como dioxinas, atrazina, perclorato etc. — que somam mais de 800 compostos, podem levar décadas para evidenciarem o prejuízo para a saúde. 

Para fugir desses riscos, ao comprar itens para a casa:

  • priorize garrafas de vidro ou de aço em vez das de plástico;
  • evite levar frutas em conserva, dê preferência pelos alimentos frescos;
  • não coloque no microondas recipientes que contenham bisfenol.

Que exame é realizado para detectar desequilíbrio hormonal?

Entre as mulheres, um exame de sangue é capaz de informar os níveis dos seguintes hormônios:

  • FSH (hormônio folículo estimulante);
  • LH, (hormônio luteinizante);
  • estradiol;
  • prolactina;
  • TSH.

Já nos homens, ele detecta:

  • PSA (antígeno prostático específico) — que não é um hormônio, mas ajuda a identificar alterações hormonais;
  • testosterona;
  • TSH.

Inclusive, todos esses marcadores podem ser realizados de forma preventiva, a critério do seu endocrinologista.

Assim, a disfunção hormonal é uma das poucas coisas que, certamente, atinge qualquer pessoa. Mas mesmo as alterações fisiológicas podem se dar de forma mais leve e sem transtornos, quando os cuidados com a saúde são colocados como prioridade.

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