A intolerância à lactose é a incapacidade de digestão do açúcar do leite. Segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia, cerca de 60% dos brasileiros possuem intolerância a lactose.
A digestão da lactose é feita por uma enzima produzida pelo intestino delgado chamada lactase. Quando o organismo produz a enzima em baixa ou nenhuma quantidade, a lactose não é digerida e se acumula no intestino grosso, onde é fermentada por bactérias, produzindo ácido lático e gases.
Essa dificuldade ou incapacidade de digerir a lactose causa sintomas desagradáveis ao consumir leite e seus derivados. Para conhecer os sintomas e aprender mais, continue lendo.
Sintomas
Entre os sintomas mais comuns estão distensão abdominal, cólica, flatulência, diarreia, náuseas, vômito e dor. A intensidade dos sintomas variam de acordo com a quantidade de produtos lácteos ingeridos, e manifestam-se minutos ou horas após o consumo desses produtos.
A ocorrência desses sintomas não significa necessariamente um caso de intolerância a lactose. Em caso de suspeita da condição, um médico deve ser consultado para o correto diagnóstico.
Intolerância à lactose e alergia ao leite
A alergia ao leite pode ser confundida com a intolerância à lactose. No caso de alergia, a quantidade de leite ingerida não interfere na intensidade dos sintomas, diferente dos casos de intolerância.
Os sintomas também são diferentes. Na alergia, os sintomas atingem também, além do intestino, a pele e o sistema respiratório. A alergia não possui relação com a baixa ou nenhuma produção de enzimas e é causada pela resposta imunológica a um ou mais componentes do leite.
Tipos de intolerância à lactose
Existem três tipos de intolerância à lactose: congênita, primária e secundária.
A intolerância congênita à lactose tem origem genética e é muito rara. Seus sintomas manifestam-se logo após o nascimento, impedindo o aleitamento materno. Nesses casos, os bebês recém-nascidos precisam ser alimentados com uma fórmula especial sem lactose.
Os sintomas da intolerância do tipo primária manifestam-se a partir dos três anos de idade, começando com pouca intensidade e piorando com o passar dos anos. Esse tipo de intolerância também tem origem genética e é a forma mais comum do distúrbio digestivo.
Os casos de intolerância secundária à lactose são adquiridos através de lesões no intestino delgado. Os sintomas são causados pela falta temporária de lactase e cessam com a volta dos níveis normais da enzima. Ocorre com maior frequência em casos de gastroenterite viral, giardíase, doença celíaca, doença de Crohn e em bebês prematuros que ainda não produzem a quantidade necessária de lactase.
Tratamento
Pessoas que possuem intolerância à lactose podem viver uma vida normal, basta seguir uma dieta com pouca ou nenhuma lactose. Existem tratamentos que permitem que o leite não seja totalmente eliminado da alimentação.
O tratamento envolve medicamentos e mudanças na dieta. Em casos de baixa produção de lactase, não é necessário retirar totalmente o leite da dieta, apenas diminuir a quantidade para níveis que o organismo é capaz de digerir.
É possível encontrar, em forma de medicamento, a enzima lactase, permitindo o consumo de lactose em situações especiais. O medicamento deve ser ingerido logo antes do alimento com lactose.
Para diagnosticar corretamente a condição e determinar a quantidade de lactose que o organismo consegue digerir, a fim de elaborar a dieta ideal, é necessária a consulta com o médico.
Quando fazer o exame
A ocorrência de sintomas como dor, diarreia, cólicas e náuseas ao consumir leite e derivados, que melhoram com a interrupção do consumo desses alimentos, pode indicar uma possível intolerância à lactose. Apenas um médico poderá analisar o caso e diagnosticar corretamente a patologia.
O exame mais comum é feito através da coleta e análise do sangue do paciente horas depois de receber uma dose de lactose em jejum. Em casos de intolerância à lactose, os níveis de glicose no sangue permanecem os mesmos.
Procure ajuda médica
Em caso de suspeita de intolerância à lactose, um médico deve ser consultado para avaliar os sintomas, suas causas, e diagnosticar ou descartar um quadro de deficiência na produção da lactase. O médico será responsável também por determinar qual o melhor tratamento para cada caso.
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