Você sabia que 28% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis? A informação é do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A estimativa é de que em 2022 surjam 66.280 novos casos da doença.

Indo de encontro ao mês da campanha Outubro Rosa, neste conteúdo vamos abordar tudo sobre o assunto: o que é, os tipos, sintomas, diagnóstico e prevenção do câncer de mama. Acompanhe!

O que é o câncer de mama?

O câncer de mama é resultante de uma disfunção celular a qual causa o crescimento de mais células de forma desordenada, formando assim, um tumor. Neste caso, as células da mama se multiplicam de maneira desordenada.

A doença se classifica em diferentes tipos. Saiba sobre cada um deles a seguir.

Quais são os tipos de câncer de mama?

É comum pensar que o câncer de mama é uma condição só, mas na realidade, ele é um grupo heterogêneo de doenças com características bem distintas. Ou seja, existem diversos tipos de câncer de mama.

Conhecer os tipos de câncer de mama, suas características, sinais e sintomas ajuda a prevenir e a diagnosticar precocemente. Acompanhe a seguir quais são os principais tipos.

Existem diferentes tipos de câncer de mama e eles são classificados em dois grandes grupos principais: in-situ ou invasivo.  

  • In-situ: o câncer está presente apenas no seu local de origem.
  • Invasivo: invade outras camadas celulares da mama. 

Carcinoma ductal in situ

O carcinoma ductal in situ é um tipo de câncer de mama não invasivo. O termo “ductal” significa que ele se origina nos ductos lactíferos.

Embora seja um tumor maligno, é o primeiro estágio do câncer e está somente na camada de células da qual ele se desenvolveu e ainda não se espalhou para outros tecidos adjacentes da mama ou para outros órgãos (metástase).

A maioria dos cânceres in situ é curável, se for tratada antes que progrida para a fase de câncer invasivo. Esse tipo de câncer de mama representa cerca de 20% de todos os casos.

Câncer de mama invasivo

O câncer de mama invasivo já é um estágio mais avançado, pois já infiltrou outros tecidos da mama adjacentes ao local de origem. A partir daí, pode se disseminar (metástase) para outras partes do corpo através do sistema linfático e da circulação sanguínea.

Os dois tipos de câncer de mama invasivos mais frequentes são:

 

  • Carcinoma ductal invasivo: começa nos ductos lactíferos e é o tipo de câncer invasivo de mama mais comum e representa 80%.

 

 

  • Carcinoma lobular invasivo: tem origem nos lóbulos, que são as glândulas produtores de leite. Representa cerca de 10% dos cânceres de mama invasivos.

 

O tratamento do câncer de mama invasivo depende do grau de disseminação das células cancerígenas.

Câncer de mama triplo negativo

O câncer de mama triplo negativo é um dos tipos de câncer de mama mais agressivos. Ele pode se disseminar por outras células rapidamente.

Recebe este nome pois não possui nenhum dos três receptores comumente encontrados nas células do câncer de mama (estrogênio, progesterona e HER2). Essa característica acaba dificultando o diagnóstico. Embora tratável, ele tem chances mais altas de retorno.

Câncer de mama inflamatório

O câncer de mama inflamatório é uma forma rara e agressiva da doença. Ele tende a se espalhar com rapidez.

Geralmente, esse tipo de câncer de mama manifesta sinais e sintomas como vermelhidão e inchaço. Após o tratamento, tem chances altas de reincidência.

Câncer de mama masculino

Apesar de raro – menos de 1% dos cânceres de mama – o câncer de mama também pode ocorrer em homens.

Os homens podem notar: pele ondulada ou enrugada; inchaço (quase sempre indolor); retração do mamilo; vermelhidão; descamação da pele, entre outros sinais e sintomas.

Tipos menos frequentes de câncer de mama invasivo

Existem ainda alguns tipos de carcinoma invasivo, porém menos frequentes que os cânceres de mama mencionados acima e são classificados pelas características celulares que podem ser visualizadas ao microscópio. Porém, representa menos de 5% dos cânceres de mama. 

Sintomas do câncer de mama

Há alguns sinais de alerta que podem indicar a presença do câncer de mama. São eles

  • Presença de nódulos endurecidos;
  • Secreção mamilar;
  • Vermelhidão, dor e inchaço;
  • Retração do mamilo;
  • Coceira;
  • Formação de feridas e crostas;
  • Nódulos e inchaços nas axilas.

Diagnóstico do câncer de mama

O exame de mamografia é o método mais utilizado no rastreamento do câncer de mama. Seu objetivo é a detecção precoce, que aumenta em até 95% as chances de cura da doença.

Além disso, quando detectado em fases iniciais, existe a possibilidade optar por tratamentos menos agressivos.

Exames complementares de ultrassonografia e ressonância magnética de mamas podem ser solicitados conforme os resultados da mamografia.

A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é de que todas as mulheres façam a mamografia anualmente a partir dos 40 anos de idade. Caso houver histórico familiar, seu médico pode solicitar o exame mais cedo.

Prevenção do câncer de mama

Há fatores de risco que podem contribuir para o surgimento da doença, por isso, adotar métodos de prevenção é fundamental. São eles:

  • Manter o peso sob controle;
  • Ser fisicamente ativo e realizar exercícios físicos;
  • Não fumar;
  • Atenção com a terapia de reposição hormonal após menopausa: esse é um dos fatores de risco do câncer de mama, especialmente se feita por mais de cinco anos. Por isso, converse com seu médico sobre os riscos e benefícios dos hormônios da pós-menopausa;
  • Amamente, se possível: Amamentar por um total de um ano ou mais reduz o risco de câncer de mama. A Organização Mundial da Saúde recomenda amamentar dos primeiros seis meses até os dois anos de vida da criança, quando possível.

Por fim, a melhor forma de prevenir o câncer de mama é a conscientização: realizar o autoexame e conhecer o próprio corpo pode salvar a sua vida! Além disso, atente-se aos sintomas: os sinais e sintomas podem variar de acordo com o organismo de cada mulher.

Mulheres com mais de 70 anos devem fazer a mamografia conforme orientação médica.

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